sábado, 4 de abril de 2009

mORADOR DE RUA É IMPEDIDO DE FAZER MATRICULA POR FALTA DE DOCUMENTO

Morador de rua é impedido de fazer matrícula por falta de documento

Ele tenta há 19 anos passar no vestibular e foi aprovado pela primeira vez.
Universidade afirma que não pode abrir exceções.


Geovan passou no vestibular para matemática, mas não pôde efetuar a matrícula

O morador de rua Geovan de Sousa Araújo, de 38 anos, foi impedido de efetuar a matrícula no curso de matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, nesta terça-feira (3), pela falta de um documento. De acordo com a assessoria de imprensa da universidade, Araújo não apresentou o comprovante de conclusão do ensino fundamental, mas possui o comprovante de conclusão do ensino médio. Ainda assim, segundo a universidade, ele precisaria de ambos os documentos e não é possível abrir exceção para nenhum dos vestibulandos para não prejudicar outros candidatos.
Araújo nasceu no Piauí e tenta há 19 anos passar em um vestibular de uma faculdade pública. Neste ano ele esteve pela primeira vez na lista dos aprovados, mas, segundo afirmou ao G1, perdeu o comprovante há cerca de um mês.
O pedido da segundo via, segundo ele, já foi feito para a Secretaria de Educação do seu estado, mas só deve ficar pronto dentro de 20 dias. “Eu só queria tentar conversar com o reitor para explicar meu caso. Minha família está no Piauí tentando agilizar a emissão da segunda via desse documento, mas não sei se será possível.
Já fui avisado pela universidade que estou entre os que ficarão de fora do curso”, diz. Apesar da decepção, Araújo diz que não vai desistir do sonho do diploma universitário. “Já estou há tantos anos tentando que não vai ser por isso que vou desistir”, afirma.


FONTE: Portal Globo

Isso tem se tornado uma rotina nas escolas, agente que milita com as causas dos excluidos
temos muito para contar, só neste inicio de ano tive duas experiências incriveis:
Quatro crianças novatas na Casa Lar e a escola mais próxima Escola Municipal Osmar Lacerda França, tinha vaga, mas não tinhamos todos os documentos, dependiamos de ações do Conselho Tutelar para obter os ducumentos, depois de muito debater e argumentar a palavra final da direção foi não podemos aceitar as crianças sem os documentos.
Voltamos todos desolados as crianças com os olhos tristes e me perguntando mas tia Beth
eu tambem quero estudar, tudo mundo tá indo para escola e porque eu não.
Eu o abracei e disse, calma vamos primeiro falar com Papai do Ceú, e depois vamos agir,
levantamos um clamor: Deus tá dificil, faça a sua justiça, estou farta de ser chamada de radical de brigona de colecionar tanta antipatia as vezes até de companheiros de caminhada.
Continuei minha longa rotina de voluntária, e no inicio da noite chegando em casa o Telefone toca e atendo era a Vania vice diretora da escola dizendo: Eu não consegui parar de pensar em o que voce falou lá na escola: "Para entrar na cadeia não é necessário nenhum documento, basta ser suspeito" e infelizmente as escolas enquanto instituição se prestam a este papel de colaboradora com a super lotação carcerária. Disso tenho provas do que falo, isso não é um discurso vazio de intelectuais de butequim, isso é a minha vida a minha pratica e experiência no cotidiano miserável dos porões das cadeias.
Vania com muita sensibilidade e amor e conhecedora da nossa caminhada em prol das criañças em situação de riosco concluiu que eu levasse as crianças e assinasse um termo de responsabilidade com um prazo para apresentar os documentos. Estaõ todos feliz da vida e todos com os devidos documentos nos prazos previstos. Final Feliz.
Em Cataguases o filho de um recuperando com nove anos é barrado na escola pois, após a prisão dele a mãe voltou para a casa de parentes em Sete Lagoa grande BH, retornando não ceseuiu matricular o filho em uma escola estadual proximo a sua casa em cataguases por falta da declaração da escola anterior. Que luta! que dificuldade! somente depois da visita na cadeia da Eecretaria de Educação do Municipio onde o recuperando pediu para ela interceder ela ficou sensibilizada e esteve em BH e conseguiu a tal declaração, e o menino agora feliz da vida conseguiu estudar como todas as crianças da idade dele, incrível na mesma escola onde ele havia estudado antes, sabemos que existem inúmeros recursos para se fazer uma avaliação diagnostica e matricular uma criança sem este malfadado papel

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