terça-feira, 28 de abril de 2009

MOVIMENTO SAIA AS RUAS DIA 06/05/09


O Movimento "SAIA ÀS RUAS" convida todas as entidades e movimentos sociais do Distrito Federal para uma reunião sobre o Ato no dia 06 de maio “VIGÍLIA POR UMA NOVA LUZ NO JUDICIÁRIO” com o objetivo de iniciar a campanha "Fora Gilmar Dantas" com o slogan "Gilmar Dantas, saia às ruas e não volte ao STF”.


Nosso movimento foi batizado de “MOVIMENTO SAIA ÀS RUAS”, por incluir um duplo sentido: o Gilmar deve sair às ruas e o povo também deve sair para exigir nova luz sob o judiciário.
A proposta desta reunião é organizarmos o ato do dia 06 de maio. A proposta inicial é que o Ato terá uma concentração na praça dos 3 poderes onde teremos breves falas de personalidades [a confirmar] (Dalmo Dallari, Leonardo Boff, Letícia Sabatella, Beth Carvalho, Lázaro Ramos, Alfredo Bosi e outros Intelectuais Entidades, Sindicatos, Movimento Saia às ruas, etc) e logo em seguida daremos volta com velas acesas ao redor do STF.


Esta proposta de data 06/05 (quarta-feira) não foi escolhida arbitrariamente, mas porque nesta semana completa 1 ano da operação Satiagraha em que o Daniel Dantas foi preso pela PF e que foi libertado em seguida pelo “Gilmar Dantas”.

Data: 29 de abril de 2009 (quarta-feira)
Horário: 19h
Local: CÁRITAS BRASILEIRA (conic- AO LADO DO Conjunta Nacional, Edifício Venâncio III, Sala 410, (61) 3214-5400


Contamos com o seu apoio,

Movimento "SAIA ÀS RUAS"
saiagilmar@googlegr oups.com

Contatos:
João Francisco (61)8161-9700
Artur Antônio (61) 8421-1069

domingo, 26 de abril de 2009

STJ Concede Liberdade a mandante de assassinato de Dorothy Stang

STJ concede liberdade a mandante do assassinato de Dorothy Stang
O ministro Arnaldo Esteves Lima, da 5ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) concedeu liminar para o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser o mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang. Pela liminar, Bida terá o direito de aguardar em liberdade o julgamento do processo.

Dorothy Stang foi morta a tiros em uma estrada vicinal de Anapu (PA) em 2005

Bida se entregou para a polícia no dia 8 após a Justiça do Pará anular o julgamento de maio de 2008, que o absolveu e decretar sua prisão preventiva.

A absolvição ocorreu no segundo júri de Bida no caso. O primeiro havia ocorrido em maio de 2007. Daquela vez, ele havia sido condenado a 30 anos de prisão.

Os desembargadores anularam também o último julgamento que condenou Rayfran das Neves Sales a 28 anos de prisão, conhecido como Fogoió, acusado de matar a missionária norte-americana.

Segundo o TJ-PA (Tribunal de Justiça), o pedido de anulação dos julgamentos foi feito pelo Ministério Público que, entre outras alegações, contestou o vídeo apresentado pela defesa de Bida, em que Amair Feijoli da Cunha, o Tato, aparece inocentando o fazendeiro. Segundo o Ministério Público, o vídeo foi anexado aos autos de forma ilegal.

Já em relação ao julgamento de Fogoió, o Ministério Público pediu anulação em virtude dos jurados não terem aceitado como agravante da pena o fato de o acusado ter aceitado recompensa de R$ 50 mil pelo assassinato. Segundo o pedido, caso a recompensa fosse levada em consideração, a pena seria superior aos 28 anos.

O outro suspeito de mandar matar Dorothy, o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, aguarda em liberdade ao seu julgamento, previsto para acontecer até o fim de junho.

A freira norte-americana naturalizada brasileira Dorothy Stang foi assassinada a tiros em uma estrada vicinal de Anapu em 12 de fevereiro de 2005.

Ela foi morta aos 73 anos quando se dirigia a uma reunião com agricultores no interior de Anapu. Ela era americana naturalizada brasileira e atuava havia 40 anos na organização de trabalhadores no Pará.

De acordo com a Promotoria, a morte dela foi encomendada porque a missionária defendia a criação de assentamentos para sem-terra na região, o que desagrava fazende iros.

As vezes fico a meditar porque porque neste país a balança da justiça é tão tendenciosa, viciada, no nosso dia a dia percebemos o quanto é cruel este efeito, que exclui os pobres que pouco ou nada tem acesso aos tribunais enquanto os reus confessos são absolvidos, mas falar disso já se tornou banalidade lugar comum, o que ainda não é mesmice é nos organizarmos, pois, somos a maioria. Até que corra justiça como um riacho perene.

terça-feira, 21 de abril de 2009

HUMOR CRISTÃO

Motosserra na Legislação

Motosserra na legislação
ESTÁ ACONTECENDO no Brasil um grave retrocesso. Em 1988, a Constituição atingiu qualidade e modernidadeambiental inéditas, abrindo caminho para avanços importantes, muitos alcançados após processos demorados edifíceis. De uns tempos para cá -sobretudo desde o ano passado-, uma sequência de declarações de autoridades,desqualificando a legislação ambiental, abriu caminho para iniciativas que se avolumam e convergem para a claraintenção de desconstituir tais avanços, em nome de uma visão superada e imediatista de desenvolvimento.

Paradoxalmente, isso acontece no momento em que o mundo reconhece, em meio ao final de festa de um modeloconsumista, poluidor e concentrador de riquezas, que a saída envolverá forte guinada para uma relação maisequilibrada com o meio ambiente. E, justo quando poderíamos assumir liderança inconteste nesse rumo,mergulhamos no atraso. O mais recente desatino foi o cavalo-de-troia que o deputado José Guimarães, do PT,introduziu na medida provisória de criação do Fundo Soberano, dispensando licença ambiental para duplicação erecuperação de estradas. De uma estrada vicinal na Amazônia se poderá fazer uma BR sem nenhum crivo ambiental.

O endereço da emenda é o asfaltamento da BR-319, em meio a 400 quilômetros de mata preservada. É lamentável quetenha sido gestada no Ministério dos Transportes e encaminhada na Câmara com aval do líder do PT. Perdeu-se anoção do que significa um empreendimento desses na Amazônia, sem as devidas salvaguardas socioambientais, emtermos de expansão da frente econômica predatória.

O imediatismo joga no lixo o esforço para estruturar o sistema de licenciamento dentro de uma visão deavaliação ambiental integrada que já apresenta bons resultados. A pressa em driblar o licenciamento é, de certaforma, ato falho, pois escancara que a situação justificaria fortes condicionantes ambientais ou até mesmo anegação da licença. Daí partiu-se para ganhar o jogo no tapetão.

Duas barreiras ainda se colocam diante dessa vergonha: o Senado e o veto do presidente Lula. Mas, para isso, é preciso sustentação da sociedade. No Acre de Chico Mendes os empates eram um ato de resistência no qualtrabalhadores, mulheres e crianças se colocavam diante das árvores prestes a cair a golpes de motosserras, num movimento pacífico para levar à negociação. Agora o Brasil tem outras formas de empate, inclusive o eletrônico. A hora é essa, porque parte do Congresso e do governo está com as motosserras ligadas, prestes a botar abaixonossa legislação ambiental.
Marina Silva
contatomarinasilva@uol.com.br

Vamos lá companheirada vamos encher as caixas de mensagens dos Senadores e do Executivo
de e-mail motoserras, dizendo a todos que se retrocederem vão tambem retroceder nas urnas em 2010.

ECLARECIMENTOS SOBRE ACONTECIMENTOS NO PARÁ

NOTA
Esclarecimentos sobre acontecimentos no Pará.

Em relação ao episódio na região de Xinguara e Eldorado de Carajás, no sul do Pará, o MST esclarece que os trabalhadores rurais acampados foram vítimas da violência da segurança da Agropecuária Santa Bárbara. Os sem-terra não pretendiam fazer a ocupação da sede da fazenda nem fizeram reféns. Nenhum jornalista nem a advogada do grupo foram feitos reféns pelos acampados, que apenas fecharam a PA-150 em protestos pela liberação de três trabalhadores rurais detidos pelos seguranças. Os jornalistas permaneceram dentro da sede fazenda por vontade própria, como sustenta a Polícia Militar. Esclarecemos também que:


1- No sábado (18/4) pela manhã, 20 trabalhadores sem-terra entraram na mata para pegar lenha e palha para reforçar os barracos do acampamento em parte da Fazenda Espírito Santo, que estão danificados por conta das chuvas que assolam a região. A fazenda, que pertence à Agropecuária Santa Bárbara, do Banco Opportunity, está ocupada desde fevereiro, em protesto que denuncia que a área é devoluta. Depois de recolherem os materiais, passou um funcionário da fazenda com um caminhão. Os sem-terra o pararam na entrada da fazenda e falaram que precisavam buscar as palhas. O motorista disse que poderia dar uma carona e mandou a turma subir, se disponibilizando a levar a palha e a lenha até o acampamento.

2- O motorista avisou os seguranças da fazenda, que chegaram quando os trabalhadores rurais estavam carregando o caminhão. Os seguranças chegaram armados e passaram a ameaçar os sem-terra. O trabalhador rural Djalme Ferreira Silva foi obrigado a deitar no chão, enquanto os outros conseguiram fugir. O sem-terra foi preso, humilhado e espancado pelos seguranças da fazenda de Daniel Dantas.

3- Os trabalhadores sem-terra que conseguiram fugir voltaram para o acampamento, que tem 120 famílias, sem o companheiro Djalme. Avisaram os companheiros do acampamento, que resolveram ir até o local da guarita dos seguranças para resgatar o trabalhador rural detido. Logo depois, receberam a informação de que o companheiro tinha sido liberado. No período em que ficou detido, os seguranças mostraram uma lista de militantes do MST e mandaram-no indicar onde estavam. Depois, os seguranças mandaram uma ameaça por Djalme: vão matar todas as lideranças do acampamento.

4- Sem a palha e a lenha, os trabalhadores sem-terra precisavam voltar à outra parte da fazenda para pegar os materiais que já estavam separados. Por isso, organizaram uma marcha e voltaram para retirar a palha e lenha, para demonstrar que não iam aceitar as ameaças. Os jornalistas, que estavam na sede da Agropecuária Santa Bárbara, acompanharam o final da caminhada dos marchantes, que pediram para eles ficarem à frente para não atrapalhar a marcha. Não havia a intenção de fazer os jornalistas de “escudo humano”, até porque os trabalhadores não sabiam como seriam recebidos pelos seguranças. Aliás, os jornalistas que estavam no local foram levados de avião pela Agropecuária Santa Bárbara, o que demonstra que tinham tramado uma emboscada.

5- Os trabalhadores do MST não estavam armados e levavam apenas instrumentos de trabalho e bandeiras do movimento. Apenas um posseiro, que vive em outro acampamento na região, estava com uma espingarda. Quando a marcha chegou à guarita dos seguranças, os trabalhadores sem-terra foram recebidos a bala e saíram correndo – como mostram as imagens veiculadas pela TV Globo. Não houve um tiroteio, mas uma tentativa de massacre dos sem-terra pelos seguranças da Agropecuária Santa Bárbara.

6- Nove trabalhadores rurais ficaram feridos pelos seguranças da Agropecuária Santa Bárbara. O sem-terra Valdecir Nunes Castro, conhecido como Índio, está em estado grave. Ele levou quatro tiros, no estômago, pulmão, intestino e tem uma bala alojada no coração. Depois de atirar contra os sem-terra, os seguranças fizeram três reféns. Foram presos José Leal da Luz, Jerônimo Ribeiro e Índio.

7- Sem ter informações dos três companheiros que estavam sob o poder dos seguranças, os trabalhadores acampados informaram a Polícia Militar. Em torno das 19h30, os acampados fecharam a rodovia PA-150, na frente do acampamento, em protesto pela liberação dos três companheiros que foram feitos reféns. Repetimos: nenhum jornalista nem a advogada do grupo foram feitos reféns pelos acampados, mas permaneceram dentro da sede fazenda por vontade própria. Os sem-terra apenas fecharam a rodovia em protesto pela liberação dos três trabalhadores rurais feridos, como sustenta a Polícia Militar.

MOVIMENTOS DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA - PARÁ

Não adianta tentarem criminalizar os movimentos populares e sociais, sem antes verificar a verdade dos fatos, como esta escrito em nossa constituição todos tem direito ao contraditório e a ampla defesa. Choooo mídia tendenciosa.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Branco versus negro

Metáfora usada pelo presidente Lula repõe questão do branqueamento nas sociedades
EUCLIDES SANTOS MENDES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A oposição "branco" versus "negro", civilizado versus primitivo faz parte de um ideário que tem marcado profundamente a relação entre o "Ocidente" e o "resto do mundo'", argumenta o antropólogo e professor da Universidade Estadual Paulista, em Marília, Andreas Hofbauer em entrevista à Folha.Tais oposições estão na base da formação das identidades brasileiras. Por isso, "o branqueamento foi um dos ideários hegemônicos que marcaram profundamente a história deste país", diz Hofbauer -autor de "Uma História de Branqueamento ou o Negro em Questão" (ed. Unesp).O tema, que ainda tem espaço expressivo de atuação no Brasil, veio à tona no dia 26/3, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsabilizou, durante a visita do premiê britânico Gordon Brown ao país, "gente branca de olhos azuis" pela crise econômica mundial.Mesmo estando embutida na fala presidencial uma ideia discriminatória, a questão mais prement e a se considerar, diz Hofbauer na entrevista abaixo, está relacionada a dois fatores.O primeiro é que a crise econômica não foi necessariamente produzida no Brasil. O segundo, que a crítica de Lula se dirige aos países ricos, "que sempre pregaram medidas universalistas para o mundo inteiro, mas sempre acharam ou construíram meios de particularizar tais universalismos".


FOLHA - De onde vem a metáfora do "olho azul"?
ANDREAS HOFBAUER - Desde os primórdios do cristianismo, a cor negra vinha sendo associada ao inferno, ao diabólico e, devido a uma reinterpretação de um trecho do Velho Testamento ("Gênesis" 9, 25), também ao pecado, à culpa, à imoralidade e à escravidão -o "branco" expressava o divino e a pureza da verdadeira fé.Começava-se a projetar a cor negra nos descendentes de Cam (filho de Noé), cujo filho Canaã foi condenado à eterna escravidão entre os seus irmãos.Essa história -e não, como se afirma ainda recorrentemente, um discurso racial- serviria, durante séculos, como justificativa para escravizar pessoas tidas como "negras". Ou seja, compreende-se que, aos poucos, uma percepção mais naturalizada das cores vai ganhando força mesmo dentro do discurso religioso.Assim, não é de estranhar que as pinturas e afrescos nas igrejas retratem Jesus com cabelos loir os e olhos azuis, embora essa representação dificilmente se aproxime da fisionomia real que poderia ter tido a figura histórica.Foi na época do nazismo, quando os cientistas procuravam fundamentar a existência de uma "raça ariana", que os olhos azuis, juntamente com os cabelos loiros, seriam destacados como características essenciais de uma raça humana pura.

FOLHA - Na formação do Brasil moderno, o ideal de branqueamento sempre esteve fortemente ligado à noção de superioridade racial e social. Como se formou e qual é o papel da ideologia do branqueamento na história do racismo no Brasil?
HOFBAUER - O branqueamento foi um dos ideários hegemônicos que marcaram profundamente a história deste país.Se entendermos o branqueamento numa perspectiva antropológica, ou seja, como uma construção simbólica, a ideia de transformar corpos negros em corpos brancos é apenas um aspecto de um ideário muito mais profundo e abrangente.Estabeleceu-se, no Brasil, um ideário que se tornaria hegemônico e que fundia, de um lado, o "negro" e a condição de escravo e, de outro, associava o "branco" aos ideais morais-religiosos elevados, ao status de livre e -sobretudo a partir da segunda metade do século 19- à ideia do progresso.Posteriormente, no final do século 19, parte da elite b rasileira, que estava preocupada com o progresso econômico do país, (re)adaptou este ideário à nova situação para propagar e implementar projetos imigracionistas que trariam milhares de europeus brancos ao Brasil.Esse ideário seria (re)articulado uma última vez por meio de uma adaptação local de teses culturalistas, que buscavam transpor o discurso sobre a "mistura feliz" entre raças inferiores e raças superiores para o plano das culturas.Na análise de Gilberto Freyre [1900-87], a "mestiçagem" aparece como uma espécie de "ponte" que aplaina e supera os "desajustes" raciais e culturais entre negros, brancos e índios e, dessa forma, teria viabilizado a formação da "nação/cultura brasileira".Mas, por baixo do enaltecimento da miscigenação, o autor reproduziu recorrentemente o velho ideal branqueador.
FOLHA - O sr. acredita que a fala do presidente Lula teve conotação racista e improcedente? Por que Lula retomou essa polarização histórica brasileira?
HOFBAUER - Em primeiro lugar eu diria que não se trata somente de uma polarização brasileira: a oposição "branco" versus "negro", civilizado versus primitivo faz parte de um ideário que tem marcado profundamente a relação entre o "Ocidente" e o "resto do mundo".A afirmação do presidente causa um certo mal-estar exatamente porque remete a concepções raciais que julgamos, hoje, ultrapassadas.Ao mesmo tempo, sabemos que o fato de a ciência ter proclamado a "morte" das raças humanas não significa que a cor/raça não continue funcionando como um fator de diferenciação e de discriminação na vida real.Basta darmos uma olhada nos dados do IBGE, que revelam que a população não-branca continua discriminada em todos os quesitos socioeconômicos. Quero crer qu e o presidente quis, em primeiro lugar, chamar a atenção da população brasileira e dizer-lhe que a crise atual que o país enfrenta não foi produzida aqui.
ESTE TEXTO DA FOLHA FICOU BOM- FSP 5/4/09

sábado, 4 de abril de 2009

mORADOR DE RUA É IMPEDIDO DE FAZER MATRICULA POR FALTA DE DOCUMENTO

Morador de rua é impedido de fazer matrícula por falta de documento

Ele tenta há 19 anos passar no vestibular e foi aprovado pela primeira vez.
Universidade afirma que não pode abrir exceções.


Geovan passou no vestibular para matemática, mas não pôde efetuar a matrícula

O morador de rua Geovan de Sousa Araújo, de 38 anos, foi impedido de efetuar a matrícula no curso de matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, nesta terça-feira (3), pela falta de um documento. De acordo com a assessoria de imprensa da universidade, Araújo não apresentou o comprovante de conclusão do ensino fundamental, mas possui o comprovante de conclusão do ensino médio. Ainda assim, segundo a universidade, ele precisaria de ambos os documentos e não é possível abrir exceção para nenhum dos vestibulandos para não prejudicar outros candidatos.
Araújo nasceu no Piauí e tenta há 19 anos passar em um vestibular de uma faculdade pública. Neste ano ele esteve pela primeira vez na lista dos aprovados, mas, segundo afirmou ao G1, perdeu o comprovante há cerca de um mês.
O pedido da segundo via, segundo ele, já foi feito para a Secretaria de Educação do seu estado, mas só deve ficar pronto dentro de 20 dias. “Eu só queria tentar conversar com o reitor para explicar meu caso. Minha família está no Piauí tentando agilizar a emissão da segunda via desse documento, mas não sei se será possível.
Já fui avisado pela universidade que estou entre os que ficarão de fora do curso”, diz. Apesar da decepção, Araújo diz que não vai desistir do sonho do diploma universitário. “Já estou há tantos anos tentando que não vai ser por isso que vou desistir”, afirma.


FONTE: Portal Globo

Isso tem se tornado uma rotina nas escolas, agente que milita com as causas dos excluidos
temos muito para contar, só neste inicio de ano tive duas experiências incriveis:
Quatro crianças novatas na Casa Lar e a escola mais próxima Escola Municipal Osmar Lacerda França, tinha vaga, mas não tinhamos todos os documentos, dependiamos de ações do Conselho Tutelar para obter os ducumentos, depois de muito debater e argumentar a palavra final da direção foi não podemos aceitar as crianças sem os documentos.
Voltamos todos desolados as crianças com os olhos tristes e me perguntando mas tia Beth
eu tambem quero estudar, tudo mundo tá indo para escola e porque eu não.
Eu o abracei e disse, calma vamos primeiro falar com Papai do Ceú, e depois vamos agir,
levantamos um clamor: Deus tá dificil, faça a sua justiça, estou farta de ser chamada de radical de brigona de colecionar tanta antipatia as vezes até de companheiros de caminhada.
Continuei minha longa rotina de voluntária, e no inicio da noite chegando em casa o Telefone toca e atendo era a Vania vice diretora da escola dizendo: Eu não consegui parar de pensar em o que voce falou lá na escola: "Para entrar na cadeia não é necessário nenhum documento, basta ser suspeito" e infelizmente as escolas enquanto instituição se prestam a este papel de colaboradora com a super lotação carcerária. Disso tenho provas do que falo, isso não é um discurso vazio de intelectuais de butequim, isso é a minha vida a minha pratica e experiência no cotidiano miserável dos porões das cadeias.
Vania com muita sensibilidade e amor e conhecedora da nossa caminhada em prol das criañças em situação de riosco concluiu que eu levasse as crianças e assinasse um termo de responsabilidade com um prazo para apresentar os documentos. Estaõ todos feliz da vida e todos com os devidos documentos nos prazos previstos. Final Feliz.
Em Cataguases o filho de um recuperando com nove anos é barrado na escola pois, após a prisão dele a mãe voltou para a casa de parentes em Sete Lagoa grande BH, retornando não ceseuiu matricular o filho em uma escola estadual proximo a sua casa em cataguases por falta da declaração da escola anterior. Que luta! que dificuldade! somente depois da visita na cadeia da Eecretaria de Educação do Municipio onde o recuperando pediu para ela interceder ela ficou sensibilizada e esteve em BH e conseguiu a tal declaração, e o menino agora feliz da vida conseguiu estudar como todas as crianças da idade dele, incrível na mesma escola onde ele havia estudado antes, sabemos que existem inúmeros recursos para se fazer uma avaliação diagnostica e matricular uma criança sem este malfadado papel