quinta-feira, 28 de abril de 2011

O EX MINISTRO E A SENZALA

Iriny Lopes
Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM)


A declaração do economista e ex-ministro Delfim Netto neste domingo (4/03), no programa "Canal Livre", da TV Band, que comparou as empregadas domésticas a animais em extinção, evidencia o quanto estamos distante do conceito de igualdade, aqui compreendida em todos seus aspectos.

Delfim Netto personaliza o pensamento persistente de um Brasil colonial, que enxergava negras e negros como seres inferiores, feitos para servir a uma elite branca.

Séculos nos distanciam daquele período, mas a fala do ex-ministro demonstra que essa cultura escravocrata permanece, lamentavelmente, até os dias atuais. Disse Delfim Netto: "a empregada doméstica, infelizmente, não existe mais. Quem teve este animal, teve. Quem não teve, nunca mais vai ter". Mais do que uma afirmação infeliz, a comparação demonstra o total desrespeito, a desvalorização e a invisibilidade, além do desconhecimento sobre a realidade da valorosa atividade das quase sete milhões de mulheres trabalhadoras domésticas.


No Brasil, o trabalho doméstico é a ocupação que agrega o maior numero de mulheres, 15,8% do total da ocupação feminina, de acordo com dados disponibilizados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2008), do IBGE. E a maioria dessa categoria é formada por mulheres, sobretudo, negras. Desse total, a despeito de todos os incentivos governamentais para formalização da atividade, 73,2% não têm carteira assinada e, por conseguinte, não contam com qualquer amparo trabalhista e previdenciário previstos para todas trabalhadoras e trabalhadores.


A informalidade acarreta uma série de violações de direitos, como carga horária bem acima do limite legal, excesso de horas trabalhadas sem remuneração extra, salários abaixo do mínimo estabelecido, entre outros.


Segundo esse levantamento da PNAD 2008 - período em que o salário mínimo era de R$ 415,00 -, o rendimento médio mensal entre as trabalhadoras com carteira assinada era de R$ 523,50. Do total que ainda estão na informalidade, a média caia para R$ 303,00 (27,0% abaixo do teto salarial), sendo a condição das trabalhadoras domésticas negras era ainda pior: elas não percebiam mais de R$ 280,00, ou seja 67,4% do salário mínimo.


O conjunto dessas informações demonstra que, mesmo em uma ocupação tradicionalmente feminina e marcada pela precariedade, as mulheres, e em especial as negras, encontram-se em situação mais desfavorável do que os homens, refletindo a discriminação racial, a segmentação ocupacional e a desigualdade no mercado de trabalho.


O governo federal tem feito esforços para regularização da atividade, incentivando o empregador através de descontos no Imposto de Renda, entre outras ações. Temos como desafio eliminar a desigualdade vivida por mulheres trabalhadoras domésticas no mundo do trabalho. Isso significa não só abordar os aspectos legais, mas de reconhecer e enfrentar o pensamento escravocrata que ainda persiste em parte da sociedade. É lamentável que ainda hoje alguém pronuncie em rede de TV, sem qualquer sombra de constrangimento, o preconceito e a discriminação. Para além da formalização da categoria, o país tem compromissos com a igualdade de gênero e raça, inclusive como signatário de tratados internacionais de direitos humanos.


As declarações do ex-ministro Delfim Netto expõem a face perversa do racismo, do preconceito e o pressuposto de que as pessoas são diferentes e que, portanto, são ou não merecedoras de direitos. Por essa visão, existem os animais e seus "donos". Identificar os discursos que perpetuam a cultura da desigualdade significa combater a violência dissimulada e a mais explícita, que impedem os avanços sociais, o reconhecimento da cidadania, do tratamento igualitário para todas e todos e, por decorrência, da democracia.

BRAVOoooooooooooooooo IRINY, estas declarações e falas são cheias de esteriotipos e carregadas de preconceitos que necessitam ser expostos para que não se repitam e agente vai tantando eliminar estes tipos de discursos, inclusive fora dos holofotes e microfones que são rotina inclusive dentro das nossas casas, temos que educar nossos filhos e alunos, pois ninguém nasce racista.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

TABUADA CANTADA FEITA PELO ALUNOS EJA RECOMEÇO DO PRESIDIO DE LEOPOLDINA



TABUADA CANTADA (paródia da cantiga: O que você foi fazer no mato Marinha Chiquinha)

Genaro: O que você foi fazer na escola da Irmã Beth Maria Chiquinha?

Maria Chiquinha: Eu fui estudar tabuada Genaro meu bem, eu fui estudar tabuada Genaro meu bem.

Genaro: Então diga para mim quanto é 2x9? Maria Chiquinha. Então diga para mim quanto é 2x9? Maria Chiquinha.

Maria Chiquinha: 2x9 é 18 Genaro meu bem. 2x9 é 18 Genaro meu bem.

Genaro: E quanto é 2x8 Maria Chiquinha? E quanto é 2x8 Maria Chiquinha?

Maria Chiquinha: 2x8 é 16 Genaro meu bem. 2x8 é 16 Genaro meu bem.

Genaro: Até agora tá fácil Maria Chiquinha! Até agora tá fácil Maria Chiquinha!
Eu quero saber quanto é 3x9 Maria Chiquinha? Eu quero saber quanto é 3x9 Maria Chiquinha?

Maria Chiquinha: 3x9 é 27 Genaro meu bem. 3x9 é 27 Genaro meu bem.

Genaro: Eu vou complicar a sua cabeça Maria Chiquinha. Eu vou complicar a sua cabeça Maria Chiquinha. Ah é então vamo vê.
Responda pra mim quanto é 3x5 Maria Chiquinha? Responda pra mim quanto é 3x5 Maria Chiquinha?

Maria Chiquinha: Há 3x5 é 15 Genaro meu bem. 3x5 é 15 Genaro meu bem.

Genaro: Tá bom você venceu.

Este foi resultado do desafio que lancei dentro de sala após ter ensinado a tabuada cantada com músicas infantis ( que eles adoraram cantar e aprender de maneira prazerosa) pedi que eles fizessem uma parodia adaptada a alguma musica de livre escolha dai meu aluno Samuel Teodoro da turma EJA RECOMEÇO do présido de Leopoldina e com a participação da aluna Helena interpretando a Maria Chiquinha, e o Samuel como Genaro no dia da celebração da Pascoa e Hora Civica, foi um sucesso a interpretação.
Que apesar do lugar de sofrimento onde eles se encontram eles conseguem fazer do limão uma gostosa limonada, com a oportunidade que estão recebendo da escola e de varios "atores" agentes do estado, que abraçaram junto conosco esta causa da eduacação por inteiro.
Parabéns merecem também os diretores Fabiano Moura e Daniel da Silva Nocceli
que não medem esforços para apoiar o sucesso das atividades escolares.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

BORRA DE CAFÉ AJUDA A COMBATER O MOSQUITO TRANSMISSOR DA DENGUE



Uma boa notícia para quem se preocupa com a dengue: a borra de café pode ser uma aliada no combate ao mosquito transmissor da doença. A eficácia da substância já foi até mesmo estudada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Durante a realização de uma pesquisa, a bióloga Alessandra Laranja, do Instituto de Biociência, Letras e Ciências Exatas (Ibilce) da Unesp, verificou que a borra do café pode matar o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. De acordo com a pesquisa, a substância interrompe o desenvolvimento do mosquito.

Tanto a cafeína quanto a borra de café podem ser utilizadas para combater a dengue. Segundo a pesquisa, quanto maior a concentração da cafeína, mais rápido será o bloqueio do desenvolvimento do mosquito. A mortalidade em todas as fases do Aedes aegypti também é maior quando essa substância é utilizada.

A grande vantagem é que a tecnologia social pode ser feita em casa e não causa danos à saúde nem ao meio ambiente. Dessa forma, pode ser aplicada em vasos de plantas, por exemplo. Além de não contaminar a terra, ainda serve de adubo para a vegetação.

Para produzir a substância que combaterá o mosquito, é necessário colocar duas colheres de chá de borra de café em meio copo com água e mexer. A solução deverá ser trocada uma vez por semana, pois a substância perde suas propriedades.

O Aedes aegypti se reproduz em águas paradas. Por conta disso, além de produzir a solução com a borra de café, é importante manter limpos terrenos e áreas que possam acumular água. Em casa, deve-se verificar se não há recipientes com água parada, como vasos de plantas, garrafas e pneus velhos.

No Brasil, o último balanço parcial sobre a dengue, divulgado no início deste mês pelo Ministério da Saúde, revelou que houve redução no número de casos da doença se comparado com o mesmo período do ano passado. Entretanto, as cifras ainda permanecem altas.

De acordo com o Ministério, foram notificados 254.734 casos de dengue clássica somente nos três primeiros meses deste ano. Durante esse período, 2.208 pessoas tiveram o caso grave da doença e 95 pessoas morreram.
Karol Assunção
Jornalista da Adital

domingo, 24 de abril de 2011

PASCOA Á VISTA

AMEI ESTA MENSAGEM DO REGINALDO E PEÇO LICENÇA PARA COMPARTILHAR:

PÁSCOA À VISTA!
Reginaldo Veloso (*)

Passadas as efervescentes brincadeiras do Carnaval, nossos olhos se voltam para o Oriente,
porque daqui a uns 40 dias, vai renascer o Sol da Justiça.
É a festa das festas que vem aí: a Festa da
PÁSCOA!
A palavra “páscoa”, de origem hebraica, é irmã da portuguesa “passagem”.
E páscoa quer dizer “a passagem de Deus”!
Sim, porque Deus passa, está sempre passando na história da Humanidade, na vida da gente...
Mas a gente não se dá conta.
Foi preciso, então, que Deus passasse de maneira espetacular, escandalosa até,
para que, pelo menos uma porção de gente se tocasse. E foi assim:
JESUS DE NAZARÉ, um carpinteiro, que, mais de 2000 anos atrás, nascera de um casal pobre
e vivera num lugarejo do interior da Palestina, aos 30 anos de idade, começou a anunciar o Reino de Deus! Para pertencer a este Reino, as pessoas precisavam mudar de vida:
Ø quem tinha conhecimentos, devia partilhar com os desinformados...
Ø quem tinha dinheiro, devia repartir com os necessitados...
Ø quem tinha poder, devia colocar-se a serviço dos excluídos...
Era como se o mundo tivesse que virar de cabeça para baixo!
Uma revolução, sim, mas que deveria começar no coração de cada um, de cada uma.
Para os pobres, era uma BOA NOTÍCIA, aquilo que eles mais gostariam de ver acontecer.
E é isso que quer dizer “evangelho”, palavra grega, sinônimo de “boa nova”, boa novidade.
Mas para os ricos era subversão, perturbação da ordem, ou, como muita gente hoje em dia ainda diz, isso era “comunismo”!
Até os pobres, iludidos pela conversa mole dos ricos e poderosos, foram na onda deles e ficaram contra Jesus.
Só sei que, por conta dessa história,
Jesus terminou preso, foi condenado e morreu crucificado entre dois marginais.
Mas, quando os poderosos menos imaginavam, os poucos seguidores de Jesus de Nazaré foram perdendo o medo e fizeram o maior reboliço na cidade: saíram anunciando que Deus havia ressuscitado seu Mestre!
Jesus vivia, isto é, Deus deu razão a ele!
Ele morreu pela causa do povo, sobretudo dos pobres, seu sangue foi derramado para que uma nova Humanidade começasse a se organizar, os entendidos se colocassem a serviço dos sem instrução, os ricos se colocassem a serviço dos empobrecidos,
os poderosos se colocassem a serviço do povo, e todos se juntassem numa grande irmandade, uma família de irmãos e irmãs, simples como as crianças.
E como a causa pela qual Jesus morrera era justamente a causa de Deus, o que Deus mais queria que acontecesse,
por esse motivo, Deus passou no túmulo onde Jesus foi sepultado, e o arrancou do poder da morte.
Deus aprovou a vida e a mensagem de Jesus!
Portanto, pregavam seus discípulos, está na hora de aceitar sua mensagem libertadora, de fazer parte do Reino por ele anunciado...
Chegou o momento de cada um, de cada uma, deixar Deus passar na sua vida.
PÁSCOA é isso: Deus passando na história de Jesus de Nazaré,
e o reconhecendo como seu Filho! Deus querendo passar na vida de cada um da gente, na medida em que a gente entrar na jogada de Jesus, e se tornar assim um filho, uma filha de Deus.
Só sei que, quem ia acreditando em Jesus, através da mensagem dos discípulos,
tomava um banho, para mostrar que estava começando uma vida nova,
limpa de todas as maldades e sujeiras. E esse banho passou a chamar-se de Batismo.
Os discípulos (seguidores), agora chamados “apóstolos”, quer dizer “enviados”,
colocavam as mãos sobre a cabeça dos que se “batizavam” e eles e elas recebiam uma nova energia, um espírito novo, que chamavam de ESPÍRITO SANTO!
Na força dessa nova energia, é que o pessoal continuava se reunindo, escutando a mensagem dos Apóstolos sobre Jesus, repartindo, entre todos, os seus bens, de tal forma que ninguém passava necessidade entre eles e elas.
E esse ajuntamento de gente, convocada pela Palavra de Deus, chamou-se de IGREJA.
O que mais chamava a atenção do povo era a alegria com que eles comiam a Ceia do Pão e do Vinho, em memória de Jesus: era o jeito de eles se sentirem em comunhão de vida com seu Mestre.
Era como se o corpo de Jesus passasse a se manifestar na carne deles e delas...
Era como se o sangue de Jesus passasse a correr nas veias deles e delas...
Era Jesus que passava a viver neles e nelas..
Era o Reino de Deus que começava a acontecer “assim na terra como céu!”
E essa Igreja era, assim, o ensaio, a amostra de um MUNDO NOVO!

É por causa dessa história, que os cristãos e cristãs de todos os tempos,
todo ano, a certa altura do mês de abril, celebram a Festa da Páscoa.
Valeria a pena a gente pensar numa “Festa da Páscoa” entre nós aqui?...

Que sentido teria?...
Apenas recordar o que aconteceu há mais de 2000 anos atrás?...
Será que a Páscoa, de alguma maneira, estará acontecendo na vida da gente, hoje, aqui e agora, e, por isso, vale a pena celebrá-la?...
Talvez seja questão de ter olhos de ver, olhos capazes de enxergar Deus passando na vida de cada um, de cada uma da gente... na vida do povo...
Quando alguém de nós sai da solidão, do isolamento, e tem oportunidade de se encontrar com outras pessoas, de conversar suas coisas, de sentir-se escutado(a), levado(a) em conta... de poder descobrir seus valores e suas potencialidades... começa a gostar de si mesmo(a), a gostar da vida, a levantar a cabeça, a encantar-se com o que é belo, a querer o que é bom, a sonhar com um mundo diferente, de amor, alegria e felicidade... Não é como se nascesse de novo?...

Quando a gente tem oportunidade de partilhar idéias, sugestões e iniciativas entre a gente... de brincar e jogar juntos... de aprender coisas juntos... de cantar, tocar e dançar juntos,,, de praticar algum tipo de arte ou desporto... de organizar passeios e festas... superando, aos poucos, o individualismo ou a desesperança... dando uma finalidade construtiva à própria agressividade... canalizando suas energias para o que nos dignifica como seres humanos e nos faz felizes ... desenvolvendo um novo jeito de conviver, crescendo em amizade e companheirismo... não é uma nova convivência que está desabrochando?...

Quando a gente tem oportunidade de conhecer a história e as tradições do povo da gente, as riquezas e belezas do folclore, as coisa bonitas que o povo do bairro faz, o jeito característico do povo desta cidade viver e festejar... e vai trocando as coisas que vêm de fora pelas coisas nossas... e vai começando a gostar da nossa música de raiz... e vai passando a preferir um suco das nossas frutas a coca-cola, uma comida tradicional da gente a um mac-burger qualquer... e por aí vai crescendo no amor a esta cidade, a começar pelo seu bairro... Não é isso uma identidade perdida que está se resgatando?...

Quando a gente tem oportunidade de encarar o seu ambiente de vida, com novas informações e inquietações sobre higiene, limpeza pública, reciclagem de lixo, importância do verde, da mata, do mangue, da água, do ar, do silêncio, da preservação ambiental... e começa a tomar cuidados e iniciativas em casa, na escola ou quando vai pela rua... e começa a preocupar-se com arborização e jardinagem... com reciclagem de plástico e papel, com coleta seletiva... com a limpeza das canaletas e canais... com o volume do som das radiolas e televisões... com tudo quanto incomoda e prejudica o ambiente em que se vive... e passa a ser multiplicador(a) de uma nova mentalidade a respeito dessas coisas no dia-a-dia das pessoas... Não é isso um mundo diferente que está surgindo?...

Quando a gente tem oportunidade de perceber que a cidade é feita por todos os que nela habitam... que ser cidadão, cidadã, é querer bem a seu pedaço e se responsabilizar por ele, para que seja o melhor lugar do mundo, a cidade mais bonita e feliz... onde todos, de mãos dadas, vivem num mutirão sem fim, cuidando de tudo, para que tudo dê certo, para o bem de todos... onde o prazer maior é poder, no fim de semana, festejar com canto e dança a fraternidade cidadã exercida ao longo de toda a semana... Não é isso um mundo novo que está despontando?...
Para quem tem olhos de ver, é por aí, quem sabe, que Deus está passando,
nos arrancando da morte para a Vida... é por aí que o Sangue de Jesus está circulando e oEspírito de Deus está soprando e tudo vai se transformando nos indivíduos e na sociedade, e a Páscoa vai acontecendo e o mundo se salvando. Se for assim, se assim estiver sendo, será que não vale a pena celebrar a Páscoa, a passagem de Deus em nossas vidas, na vida da gente e do povo?...
E agora José, e agora Maria, como vamos fazer para que nossos Grupos, Movimentos, Organizações e Comunidades cheguem à gostosa descoberta deste “Mistério” maravilhoso
que se esconde em suas vidas, mas que precisa se manifestar aos olhos deles e delas, aos olhos de todos?...
Como fazer para que esta descoberta se torne motivo de festa e desencadeie toda uma criatividade, no sentido de todos se darem as mãos na preparação de um evento capaz de fazer brilhar esta vida nova, este mundo novo, que está acontecendo no dia-a-dia da gente e do povo,
como Festa da Vida, como um grande louvor ao Deus da Vida que, assim como passou na história de Jesus, está passando nas histórias bonitas da gente, hoje, aqui e agora?...
A Páscoa está à vista!
Como vamos fazer?
Feliz Páscoa!
(*) Reginaldo Veloso, Presbítero das CEBs Morro da Conceição – Recife – PE

quarta-feira, 20 de abril de 2011

DROGAS, QUE BOM!

Drogas, por um debate aberto e sereno
Escrito em 20 de abril de 2011, às 09:15
Confiram artigo de minha autoria publicado pela Folha de S.Paulo de hoje:

No domingo (17/4), fui surpreendido pela capa deste jornal com os dizeres “Petista defende uso da maconha e ataca Big Mac”.

Como o petista, no caso, era eu, e minhas posições sobre política de drogas no Brasil são mais complexas do que a matéria publicada, achei por bem do debate público retomar o tema, com a seriedade e a profundidade que merece.

A reportagem se baseou em frases pinçadas de palestra minha em seminário sobre a atual política de drogas no Brasil, há dois meses.

Lá, como sempre faço, alertei para os perigos do uso de drogas, sejam elas ilícitas ou não. Defendo a proibição da propaganda de bebidas alcoólicas e a regulação da publicidade de alimentos sem informações nutricionais. A regulamentação frouxa fez subir o consumo excessivo de álcool. O cigarro, com regulamentação rígida, teve o consumo reduzido.

Não defendo a liberação da maconha. Defendo uma regulação que a restrinja, porque a liberação geral é o cenário atual. Hoje, oferecem-se drogas para crianças, adolescentes e adultos na esquina. Como pai, vivo a realidade de milhões de brasileiros que se preocupam ao ver seus filhos expostos à grande oferta de drogas ilícitas e aos riscos da violência relacionada a seu comércio.

Por isso, nos últimos 15 anos, me dediquei ao tema, tendo participado de debates em todo o Brasil, na ONU e em vários continentes.

A política brasileira sobre o tema está calcada na Lei de Drogas, de 2006, que ampliou as penalidades para infrações relacionadas ao tráfico e diminuiu as relacionadas ao uso de drogas.

É uma lei cheia de paradoxos e que precisa ser modificada. Não estabeleceu, por exemplo, clara diferença entre usuário e traficante.

Resultado: aumento da população carcerária, predominantemente de réus primários, que agem desarmados e sem vínculos permanentes com organizações criminosas.

Do ponto de vista do aparelho estatal repressivo, há uma perda de foco. Empenhamos dinheiro e servidores públicos para acusar, julgar e prender pequenos infratores, tirando a eficácia do combate aos grandes traficantes.

Outros países têm buscado formas alternativas de encarar o problema. Portugal viveu uma forte diminuição da violência associada ao tráfico por meio da descriminalização do uso e da posse. Deprimiu-se a economia do tráfico e conseguiu-se retirar o tema da violência da agenda política, vinculando as medidas ao fortalecimento do sistema de tratamento de saúde mental.

Na Espanha, há associações de usuários para o cultivo de maconha, para afastá-los dos traficantes. A única certeza é a de que não há soluções mágicas. Nossos jovens usuários não podem ter como interlocutores a polícia e os traficantes.

É preciso retirar o tema debaixo do tapete e, corajosamente, trazê-lo à mesa para que famílias, educadores, gestores públicos, acadêmicos, religiosos e profissionais da cultura, da educação e da saúde o debatam. Esta posição é exclusivamente minha, não é em nome da liderança do PT.

Não tenho, conforme sugeriu a Folha, divergências com a postura da presidenta da República sobre o tema. Aplaudo os esforços extraordinários do governo Dilma no combate ao narcotráfico e na ampliação dos serviços de saúde de atenção aos usuários de drogas. Nesse sentido, sugiro ao governo que eleja uma comissão de estudos de alto nível para ajudar nessa discussão.

A questão não pode ser tratada de forma rasa. O debate público sobre as políticas de drogas deve envolver o conjunto das forças políticas e sociais de todo o país.

PAULO TEIXEIRA, 49, advogado, é deputado federal (PT-SP) e líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara.

(Da Folha de São Paulo)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

EDITAL DOS EXAMES SUPLETIVOS JULHO 2011

CALENDÁRIO DE PROVAS DO EXAME SUPLETIVO JUL/2011 ENSINO FUNDAMENTAL DATA ÁREA DE CONHECIMENTO HORÁRIO 16/07/2011 Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna (Inglês), Artes, Ed. Física e Redação 8h às 12h 16/07/2011 Matemática 14h às 17h30min 17/07/2011 Ciências Naturais 8h às 11h30min 17/07/2011 História, Geografia 14h às 17h ENSINO MÉDIO DATA ÁREA DE CONHECIMENTO HORÁRIO 16/07/2011 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação (Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Arte e Ed. Física) 8h às 12h 16/07/2011 Matemática e suas Tecnologias (Matemática) 14h às 17h30min 17/07/2011 Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Química, Física e Biologia) 8h às 11h30min 17/07/2011 Ciências Humanas e suas Tecnologias (História, Geografia, Filosofia e Sociologia) 14h às 17h 2 Período das inscrições: As inscrições serão realizadas no período de 18/04/2011 a 15/05/2011, via Internet, pelos sítios eletrônicos www.educacao.mg. gov.br/supletivo ou, www.supletivomg.caedufjf.net com pagamento da taxa até o dia 16/05/2011. 5.2.1 As inscrições para os candidatos desempregados serão realizadas somente no período de 18/04/2011 a 06/05/2011 nos postos do SINE, relacionados no Anexo III deste Edital poderão conceder a isenção do pagamento da taxa em, no máximo, 02(duas) áreas de conhecimento, ou seja, em 02 provas. 5.3 O candidato desempregado que, após ter realizado sua inscrição no SINE, desejar se inscrever em mais áreas de conhecimento, além das 02(duas) áreas com isenção concedida, poderá realizar a inscrição dessas áreas, via Internet, efetuando o pagamento da taxa. 6 DA TAXA DE INSCRIÇÃO 6.1 O valor da taxa de inscrição é de R$ 6,00 (seis reais) por área de conhecimento. 6.2 O candidato deverá pagar a taxa de inscrição no período de 18/04/2011 a 16/05/2011, nos bancos conveniados: Banco do Brasil, Banco Itaú, UNIBANCO, Banco Mercantil do Brasil, Banco Bradesco e Banco HSBC, utilizando somente o boleto bancário emitido no ato da inscrição.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Hoje foi um dia histórico para a educação pública brasileira. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4167, que contesta a Lei do Piso (11.738/08), impetrada por governadores de cinco estados foi votada hoje (06) no Supremo Tribunal Federal (STF) em julgamento que durou cerca de seis horas. Por 7 a 2 o STF decretou a constitucionalidade da Lei do Piso. A partir de agora, todos os estados e municípios deverão acatar o conceito de piso como vencimento inicial de carreira, sem a possibilidade de incorporar gratificações para a composição do valor. Acesse as fotos do julgamento: http://twitpic.com/photos/CNTE_oficial "Temos a lei do nosso lado. O piso é legal e vamos fazê-lo valer em todos os estados e munícipios. Embora a lei contemple os professores com formação em nível médio, essa vitória vai beneficiar todos os professores na medida que obriga os estados a criarem planos de carreira. Com isso, os professores com nivel superiores serão beneficiados",afirmou o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão. No Plenário 100 pessoas acompanharam o julgamento. Do lado de fora, aproximadamente 300 educadores assistiram, em telão instalado pela CNTE, ao voto de cada ministro. Após advogados terem discursado a favor e contra a Ação, o ministro Relator Joaquim Barbosa proferiu voto e considerou a ADI 4.167 improcedente. Seguiram com o relator os ministros Luis Fux, Ricardo Lewandowski, Celso de Melo e Ayres Britto. Em favor dos governadores “traidores da educação pública” foram os ministros Gilmar Mendes e Marco Aurélio. As ministras Ellen Gracie e Carmen Lúcia votaram pela improcedência parcial da Ação. A cada voto proferido pelos ministros a reação dos educadores que se concentravam na Praça dos Três Poderes era grande. Vaias, aplausos, gritos afirmando que “Piso é Lei” podiam ser ouvidos por quem passava no local. Ao fim do julgamento, o presidente da CNTE se dirigiu aos educadores que permaneciam na Praça dos Três Poderes e comemorou com eles a vitória. “Foi um julgamento muito emocionante. A gente revê toda a luta e vê que valeu a pena. O STF foi sensível ao nosso clamor e esta é uma vitória de todos os educadores e daqueles que lutam por uma educação pública de qualidade”, comemorou Leão ao final do julgamento. (CNTE, 06/04/11)
Agora nosso trabalho de educadora começa a ser valorizado neste país. A Justiça cumpriu o seu papel nos dando o que é de direito, porém se não fosse a nossa mobilização permanente oresultado com certeza seria outro. Palmas para todos nós que somos Brasileiras e nunca desistimos.