Elizabeth de Almeida Silva,
entre a utopia e a realidade
Hon-Fu
,um Filosofo chinês nascido no século V a.C dizia sempre aos seus
alunos ,que as pessoas se tornam especiais nos lugares e dos corações
onde menos imaginam .Uma vez que não somos amados por aqueles que
desejamos ,mas pelos que nos valorizam.
Este pensamento budista
milenar que sobreviveu a evolução da própria filosofia oriental
sintetiza em sua profundidade, a história de uma amiga que a muito sinto
a necessidade de homenageá-la.
Elisabeth de Almeida, mais
conhecida popularmente como irmã Bethe é natural do município de
Leopoldina, Minas Gerais, mas viveu um período de sua vida em São Paulo
. Nesta cidade casou-se teve dois filhos, trabalhou por um tempo como
bancária e filiou –se ao partido dos Trabalhadores .
Muito
sensível ao sofrimento alheio, Bethe desde a juventude participou de
projetos sociais e muitas vezes teve que deixar os filhos aos cuidados
de amigos e parentes para cumprir a sua jornada como voluntária .
As
suas criticas as desigualdades sociais motivaram-na a cursar Direito e
ser mais atuante no partido.
Mas as decepções que sofreu ao longo de
sua jornada, seja como o seu marido e os seus companheiros de luta, os
camaradas, levaram-na a buscar na fé, forças para recomeçar .
A
sua persistência em amparar e acolher o outro contribuíram para que
ela alcançasse o caminho mais bonito, que no Budismo denominamos como o
estado holístico .É uma virtude que poucos, pouquíssimas pessoas
desenvolvem ,a compreensão e amor ao próximo de forma incondicional .
A
educação prisional é o elemento holístico na vida desta guerreira,
que durante anos reivindicou as comissões de Direitos Humanos, aos
representantes dos três poderes, um projeto educacional na unidade de
Cataguases.
Neste local, suportando as adversidades politicas e
ambientais impostas por aqueles que não percebem que juridicamente, mesmo acautelado, o preso possui direitos, ela plantou as primeiras
sementes de uma educação humanística.
Atualmente, o projeto
encontra –se estruturado sendo administrado pela Secretaria de educação
mineira, mas a escola ficou sem cor, pois irmã Bethe nos deixou e sua presença alegre e divertida irradiava na aura espiritual com vários feixe de cores.
Não
há um cartaz na escola que mencione a sua jornada ,mas no meu coração e
dos alunos que sempre hão de amá-la , ela estará bem guardada no
centro da nossa memoria permanente ,pois suas lembranças fazem nos
acreditar, que o Brasil será um dia a nação arco íris, como Mandela
desejou transformar a África do Sul.
Atualmente, Elisabeth
continua na educação prisional na cidade de Leopoldina e atuando como
tutora presencial deste curso,Multimeios didáticos pelo IFET de Juiz de
fora entre outras atividades.
Luciana Nazar
Luciana obrigada pela sua sensibilidade e grande carinho que sempre demonstrou com os projetos sociais e com seus colegas de trabalho.
Voce é muito especial aprendi a amar ainda mais a educação e trilhar novos caminhos te vendo caminhar, voce é daquelas mestras que aluno jamais esquece pela sua coerencia e senso de amor e justiça.
Estou publicando porque fiquei encantada, não sabia que voce sabia tanto de mim.
Isso aumenta ainda mais a minha responsabilidade.
Deus seja louvado pela sua vida.